Lírico, emocionante, cativante e envolvente! Sim, gostaria de começar o texto com esses adjetivos que definem o que senti ao ler o livro O Arroz de Palma, de Francisco Azevedo há alguns anos.
Um autor que, desculpe a minha ignorância, não conhecia e, em função disso, não tinha nenhum referencial literário.
O livro é uma obra prima, sobretudo, para aqueles que amam os prazeres da boa mesa e da intrínseca relação comida-família. Relembrei desse livro que, infelizmente, está emprestado a longos anos e pelo qual tenho um apreço incomensurável devido a minha postagem de ontem sobre o almoço dominical aqui em casa. Além disso, ele é leve, instigante e totalmente inesperado.
Uma curiosidade: julguei o livro pela capa. Pasmem! Não li o conteúdo, mas a capa me encantou logo de cara durante minhas incursões pela Gutemberg (hoje não mais esse nome!). Não me privei de levá-lo para casa, imediatamente, e devorei as suas páginas, impulsionada pelo drama da família, que tem no arroz o fio condutor de toda uma saga que atravessa gerações. Recomendo veemente àqueles que são sensíveis a uma boa literatura e, principalmente, a questões que envolvem as relações familiares.
Falando um pouco do autor, esse foi o primeiro romance de Francisco Azevedo. Como ele conseguiu acertar no roteiro e, principalmente, no desencadear de ideias e acontecimentos que nos fazem viajar pelas 383 páginas que retratam, no século XX, a imigração portuguesa para o Brasil! Um livro primoroso que, confesso, tenho vontade de comprar a nova edição, cuja capa está ainda mais bonita.
Essa é uma dica que considero preciosa! Não deixem de ler e, sem querer fazer merchandising, aproveitem que a Gutemberg está entregando em casa. Achei isso o máximo. E, detalhe, demora pouco tempo na entrega. Para esses dias de céu cinzento é uma excelente companhia.
E o livro começa assim (não é spoiler) “Família é um prato difícil de preparar! Que é preciso coragem, perseverança, paciência, porque família é um prato que emociona!”